15 de dezembro de 2010

Giulia Moon

Ah. Fui a Bienal do Livro este ano e advinhem quem eu encontrei Martha Argel, JModesto, Nelson Magrini e Regina Drummond. Comprei os livros: Amor Vampiro, Relações de Sangue e Kaori, Perfume de Vampira. Peguei autógrafo de todos. E a Giulia... Tive de esperar mais de uma hora (São Paulo= problemas no trânsito), mas peguei o autógrafo dela. E cá venho lhes trazer um pouco das obras dessa autora da literatura fantástica brasileira. (Obs.:os outros livros acima citados seram comentados posteriormente)
Primeiramente, quem é Giulia Moon?
Minha fotoSegundo o perfil de seu blog http://phasesdalua.blogspot.com/:
"GIULIA MOON SÃO PAULO, SP, BRAZIL. Escritora, publicitária, amante das letras e de imagens."


Falemos dos livros.
Seguiremos em ordem cronológica.


2003 - Luar dos Vampiros
(Scortecci Editora)
A noite é dos vampiros. Eles amam. Matam. Ou apenas passam como sombras pelas janelas dos mortais. No submundo da noite reinam, predadores noturnos sutis e cruéis. Aqui, você vai conhecer esses seres sob o olhar da lua. O luar - luz noturna - flagra momentos de vampiros, criaturas ariscas e raras, em seu habitat. Vampiros de espécies diferentes, como o são os seres humanos, tão diversos em caráter, temperamento, destino e, por isso mesmo, tão fascinantes. Entre num mundo proibido através do livro LUAR DE VAMPIROS, o livro de estréia de Giulia Moon. São dez contos de vampiros. Dez faces pálidas na escuridão. Apague as luzes e espere. Eles não gostam da claridade. A não ser a do luar. 
Os contos: Um tédio de matar, O amante noturno, Educação milenar, Uma vampira em Nova York, Gia e o seu alvo, Incompatibilidade de gênios, Sangue de Lúcifer, O sorriso de Felícia, Desejos são rubros e A Dama Branca. 


2004 - Vampiros no Espelho e Outros Seres Obscuros
(Landy Editora)
Em 33 contos, a autora narra as aventuras de vampiros e outros seres cruéis e ardilosos. São criaturas estranhas e apavorantes que amam, sofrem e matam. Tecem intrigas ao som de uma rapsódia de Liszt ou dançam um rock no cenário variado em que agem, que pode ser na cobertura de um prédio em Manhattan ou nas profundezas de um túmulo. 




2006 - Dama Morcega
(Landy Editora)
Empolgantes narrativas, que trazem personagens do imaginário brasileiro, como o Saci, ao lado de vampiros, lobisomens, assombrações e outras criaturas clássicas de terror universal através da pena de Giulia Moon, uma das raras autoras brasileiras especializadas no gênero. Neste livro, Giulia Moon conta através de sua prosa bem desenvolvida onze estranhas aventuras de seres sobrenaturais - um menino e o seu amigo invisível; um herói que carrega um diabinho tagarela no ombro; um ser bizarro que assombra livros usados; uma conversa do Saci com o Menino Jesus. O conto 'A Dama-Morcega', que dá nome ao livro, traz a história de uma misteriosa mulher desmemoriada exibida como atração de um circo de horrores. Um médico, Olavo Alencar, dedica-se a descobrir o fenômeno oculto sob a fisiologia peculiar de Agnes, a Dama-Morcega. Uma vampira de verdade? Ou apenas uma aberração médica? O conto 'A Dama-Morcega' revisita as clássicas narrativas de cientista versus criatura fantástica, acrescentando à trama o colorido bem brasileiro de uma São Paulo nos primeiros anos do século XX. 


2009 - Kaori, Perfume de Vampira
(Giz Editorial)
Século XV Kaori, uma bela garota com o perfume da sedução, trilha caminhos perigosos entre samurais, senhores feudais, prostitutas e criaturas mágicas do folclore japonês. No seu caminho, surge José Calixto, um artista sensível e apaixonado, capaz de tudo para dar vida a uma obra imortal. Século XXI na fervilhante Avenida Paulista, coração de São Paulo, Samuel Jouza tem uma profissão peculiar. Ele observa vampiros para um misterioso instituto de pesquisas. Mas ao salvar um menino das garras dos sanguessugas, o olheiro percebe que a sua profissão é muito mais perigosa do que imaginava. De um lado, a magia das sagas heróicas de samurais e o mistério das antigas lendas do Japão. Do outro, uma aventura ágil e atual, que tem como cenário o Brasil contemporâneo. 


Fonte das sinopses: 

Comentários:
Só li o livro Kaori e ME APAIXONEI!. Adorei mesmo. A história é envolvente, os personagens marcantes.
Esse eu recomendo. Os livros estão a venda nos sites postados acima como fonte e no site das editoras.
Boa leitura.

OPS.
Não pode faltar uma foto da autora né:

Cradle of Filth

Não tem como falar em música com temática vampírica sem falar em Cradle of Filth.
Então trago para vocês uma pequena biografia da banda e a discografia.
Porque não tem nada melhor do que ler ouvindo uma boa música.

    Biografia
(fonte: www.spectrumgothic.com.br)
A trajetória da banda londrina Cradle of Filth tem início nos primeiros anos da década de 90. Naquele momento, Daniel Davey era apenas um jovem que havia concluído os estudos e interessava-se por Metal.
No ano de 1991, Daniel reuniu John, Darren, Robin, Paul Ryan e Bem Ryan para dar início aos primeiros ensaios. A sonoridade ainda crua refletia as ambições daquele grupo de jovens londrinos. Assim nascia o Cradle of Filth. 
Desde os primeiros acordes e linhas de baixo, muitas histórias, músicas e músicos compuseram a trajetória do Cradle of Filth. 
Além dos álbuns, a banda tem em sua discografia EP’s e singles, além de participações em coletâneas que enriquecem sua carreira. Agora, resta aos fãs do Cradle of Filth aguardarem por mais um lançamento e um capítulo de sua imensa história.

Discografia


Álbuns de Estúdio

  • 1994 - The Principle of Evil Made Flesh (Cacophonous)
  • 1996 - Dusk ... and her Embrace (Music For Nations)
  • 1998 - Cruelty and the Beast (Music For Nations)
  • 2000 - Midian (Music For Nations)
  • 2003 - Damnation and a Day (Sony Music)
  • 2004 - Nymphetamine (AbraCadaver)
  • 2006 - Thornography (Roadrunner)
  • 2007 - Eleven Burial Masses (Peaceville records)
  • 2008 - Godspeed on the Devil's Thunder (Roadrunner)
  • 2010 - Darkly, Darkly, Venus Aversa (Roadrunner)

EP

  • 1996 - Vempire or Dark Faerytales in Phallustein (Cacophonous)
  • 1999 - From the Cradle to Enslave (Music For Nations)
  • 2001 - Bitter Suites to Succubi (AbraCadaver) 
  • 2010 - Forgive me Father [I Have Sinned] (Nuclear Blast)

Álbum ao vivo

  • 2002 - Live Bait for the Dead (Abracadaver)


Videografia


DVDs

  • 1998 - PanDaemonAeon
  • 2001 - Heavy, Left-Hand Candid
  • 2005 - Peace Through Superior Firepower
  • 2007 - Harder, Darker, Faster

Filmes

  • 2001- Crade of Fear

Livro
2007 - "The Gospel of Filth" (Data de Publicação: dia 31 de Outubro do ano de 2008)

Comentários:

Sou grande fã desta maravilhosa banda que se apresentará dia 18 e 19 deste mês aqui no Brasil. Infelizmente eu não vou :(. Então como administradora deste blog me concedo o direito de expressar minha opinião. Sendo assim, já ouvi todos os álbuns do COF (exceto o deste ano que descobri que havia sido lançado ao preparar esta postagem), e o melhor, pra mim, é o álbum MIDIAN. Os dvds eu não vi nenhum. O livro não tive oportunidade de ler. E quanto ao filme, muitos me disseram que é horrível, só que ainda não achei para poder assistir e comentar.(Obs. o filme não tem como personagem vampiros e sim um psicopata, obviamente, o Dani Filth). Fiquem a vontade para expressar sua opinião sobre a banda através de comentários.

  • Consegui achar o filme e dublado ainda (huahua), mas para minha decepção quem me disse que o filme era horrível tinha razão. Atores ruins, fotografia péssima. A trilha sonora em sua maioria foram músicas do COF (OHHH!). O enredo era até interessante, mas ficou um buraquinho em uma parte do final, uma cena que depois não foi explica. Enfim, um filme pra passar o tempo de quem não tem MAIS NADA para fazer.
  • Quanto ao àlbum novo, eu assisti o videoclipe da música escolhida pra divulgação do álbum e ainda consegui baixa-lá. Eu realmente gostei da música e da nova integrante da banda. A música " Forgive me father (I have sinned)" é bem diferente dos primeiros e clássicos álbuns da banda, mas já era de se esperar, pois o antecessor deste álbum também estava em uma linha diferente. Eu recomendo.

10 de novembro de 2010

True Blood

Para quem não conhecem, essa série, baseada em um livro, vai contar sobre as conseqüências da revelação da existência dos vampiros, assassinatos e o romance entre a telepata Sookie Stackhouse (Anna Paquin) e o vampiro Bill Compton (Stephen Meyer).

26 de outubro de 2010

Anne Rice e as Crônicas Vampirescas

Quem gosta de história de vampiros com certeza ama Anne Rice.
Então aviso: quem quiser comprar as crônicas vampirescas entre no site submarino, os livros estão MUITO baratos.

20 de outubro de 2010

Mudando de assunto....

Bom pra quem curti uma música  enquanto lê, como eu, vou indicar algumas que gosto, aos poucos. E também vou apresentar bandas que usam o tema vampiro para compor. Antes eu postei sobre um álbum do Mandragora Scream, hoje vou postar uma banda brazuca. Sinceramente, eu não ouvi todo o trabalho deles. Gostei do intrumental e do vocal masculino, já o vocal feminino não me agradou. Abaixo vai a foto do primeiro álbum deles. Escutem e comentem.

Freeze capítulo 1

Esse é bem diferente do dorama Vampire Host. A imagem está bem melhor, os atores são melhores e a história é MUITO MELHOR!!!!!
Nesse primeiro episódio nada fica muito claro, e ele tbm é um pouco parado. .A trilha sonora é interesssante. Ah! não posso deixar de mencionar: os vampiros andam a luz do dia e trabalham como qualquer humano.

Assim que assistir os outros episódios eu comento. Bom diferente do Vampire Host, este eu recomendo, pelo menos por enquanto!

A PRAÇA

(demorou, mas ta ai! Espero que curtam este capítulo)


Capítulo IV

Assustada ao ver a expressão no rosto dele, as palavras pareciam não sair da minha boca.
  - O que você pensou que ia acontecer? Que eu ia levar um fora e ficaria por isso mesmo? – enquanto ele falava vinha caminhando em minha direção e eu me arrastava para tentar manter distancia...
– Quem você pensa que é? Você me pertence até que eu diga o contrário! Eu tentei fazer você perceber que estava errada e que devia voltar pra mim, mas você é tão teimosa! – nesse momento, encostei-me à parede, não havia mais para onde me arrastar. Assim, ele puxou meu braço fazendo com que eu me levantasse.
- Eu não pertenço a ninguém! Faço da minha vida o que bem entender. Saia já... – nesse exato momento ele me deu um tapa na cara e me jogou no sofá.
- Calada. Não tente me dar ordens. Você vai aprender a lição – seu olhar era aterrorizante e o sorriso ao dizer isso fez com que eu me arrepiasse. Ele me bateu tanto que não sei bem quais os lugares, porque na hora em que ele parou doía tudo, não havia sequer uma parte do me corpo que não estivesse dolorida. Ao ver o estado em que me deixou, ele disse:
- Viu o que você me obriga a fazer? – eu apenas chorava encolhida no sofá – É tudo culpa sua! Se tivesse voltado pra mim você não estaria assim. Vá tomar um banho, pois você está nojenta. Ainda dá pra sentir o cheiro dele em você!
Ele me levantou do sofá e me levou ao banheiro.
- Tome um banho! Namorada minha não pode ficar neste estado. E quando eu vier amanhã espero que esteja aqui e bem arrumada. Eu virei a noite, depois do trabalho.
Assim, Rodolfo saiu do banheiro. Ouvi quando pegou suas chaves e a carteira e fechando a porta do meu apartamento que antes me parecia tão seguro. A única coisa que consegui pensar naquele momento foi em me olhar no espelho. Não parecia eu. Meu rosto todo inchado, um filete de sangue saindo da minha boca. Eu não havia percebido até aquele momento que fora o tapa, ele não bateu no meu rosto. Em compensação meus braços e minha barriga não tiveram a mesma sorte, estava tão roxo. Mas o que mais doía era a vergonha de não ter conseguido me defender. Em lágrimas, eu cai no chão do banheiro:
- O que... O que eu faço? – fiquei ali, no chão, até as lágrimas pararem de cair. Então do jeito que estava, eu me levantei, peguei minha bolsa e fui em direção a delegacia.

v   
Rodolfo chegou em casa satisfeito, mostrara a ela quem mandava. Nem uma mulher o deixava a não ser que fosse sua vontade. Os homens são superiores as mulheres e Rebeca precisaria entender isso nem que fosse da maneira mais dolorosa, pois afinal, quem escolhe a maneira mais dolorida sempre são elas. Se elas ouvisse e obedecessem as suas ordens isso não aconteceria.
- E amanhã você voltará a me amar, mesmo que seja a força – disse ele observando uma foto da mulher que acabara de espancar.
v   
Depois de relatar todo o ocorrido na delegacia, o que levou umas duas horas, me disseram que era melhor ir para a casa de algum amigo. Eu não podia envolver a Priscila, já que ela está praticamente as vésperas do seu casamento e eu não tinha a menor idéia do que o Rodolfo podia fazer a ela. Sendo assim, sai da delegacia e peguei um ônibus, não me lembro qual, mas quando desci e comecei a caminhar, percebi para onde estava indo inconscientemente. Eu avistei a fonte, tão bela quanto da primeira vez que a vi e me lembrei “Se você quiser me ver, eu moro no prédio ao lado da praça, no segundo andar, apartamento cinco. Mas você só vai me encontrar lá à noite. Boa noite e descanse”
Hesitei por um momento em falar com ele, mas não havia mais ninguém. Mesmo sendo tão tarde da noite, eu entrei no prédio.
- Senhorita, você está bem? – me perguntou o porteiro
- Mais ou menos. Por favor, pode avisar ao Afonso, do apartamento cinco, que a Rebeca precisa falar com ele.
- Eu sei quem é o senhor Afonso, senhorita, mas já está tarde...
- Se não fosse importante eu não teria vindo, senhor.
Com uma certa relutância o porteira ligou para o apartamento do Afonso, eles conversaram por alguns segundos:
- Pode subir, senhorita.
- Obrigada.
O prédio não tinha muitos andares, por isso não havia elevador. Tive de subir seis lances de escada para chegar ao segundo andar. Em cada andar havia três apartamentos. Um de cada lado do corredor e outro no fim. O do Afonso era o do fim do corredor. Frente à porta de seu apartamento eu hesitei – o que eu to fazendo? Eu mal o conheço. Virando-me para ir embora, ele segurou minha mão:
- O que aconteceu? Entra - já não podia mais ir embora e ao invés de entrar eu cai em prantos e o abracei. Pensei que ao invés de retribuir o abraço, Afonso fosse me mandar embora, mas não. Ele me abraçou. E naquele abraço reconfortante eu fui me acalmando. Quando o choro cessou, ele me levou pra dentro e sentou-se ao meu lado no sofá esperando que eu falasse quando me sentisse pronta. Alguns minutos se passaram até que eu pudesse explicar o que aconteceu.
- Quando cheguei em casa as luzes estavam acesas. Eu pensei que fosse um ladrão e peguei meu spray de pimenta. Mas era o Rodolfo. Ele começou a gritar comigo e então me bateu tanto que em determinado momento eu parei de tentar me defender. O pior é que eu não gritei, a voz não saia e por isso ninguém no prédio pode me ajudar.
Ele não esboçou nenhuma reação até que eu terminasse de falar.
- O que você fez depois? – perguntou ao envolver minhas mãos na suas. Eu não conseguia parar de tremer.
- Ele me levou ao banheiro. Disse que eu estava nojenta, porque ele ainda sentia seu cheiro em mim, e foi embora. - nesse momento vi ódio em seus olhos - Depois de chorar muito fui à delegacia e prestei queixa e fiz um exame de corpo delito. Não sei como vim parar aqui. Eu não podia, não posso ir pra casa! Ele pode estar lá me esperando – novamente lágrimas.
Afonso me abraçou, acalentando-me novamente. Seu corpo era tão frio, mas seu abraço era ainda assim caloroso. Acomodei minha cabeça em seu peito. Seu coração batia tão lentamente...
- O que eu devo fazer? Amanhã eu tenho de trabalhar. Eu não tenho nem onde dormir.
- Você pode ficar aqui. Tenho um quarto para visitas. Quanto a você ir trabalhar, eu duvido que ele vá até lá. Se ele nos viu hoje à noite e esperou até que você chegasse em casa é porque queria pega-la sozinha – eu levantei a cabeça e o encarei.
- Afonso, isso não foi nem um pouco reconfortante! – ele riu
- Desculpe, Rebeca. Às vezes não tenho jeito com as palavras. Mas isso não importa. Agora você precisa de um banho. Eu devo ter algo que sirva em você. Venha.
Ele se levantou e segurando minha mão me conduziu até o quarto de visitas. Abriu o guarda- roupa e tirou de lá uma calça jeans e uma camisa azul.
- Acho que serve, não? – ele parecia preocupado em me agradar.
- Sim. Acho que sim.
- Bom, o banheiro é ao lado desse quarto, alias, fica entre os dois quartos. Vou pegar uma toalha pra você.
Afonso saiu em busca da toalha e eu fiquei parada observando o quarto. Era simples, sem janelas, com uma cama, um guarda-roupa e um criado mudo ao lado da cama. Era o suficiente, pelo menos naquele momento. Ele voltou com a toalha e me encontrou sentada na cama.
- Aqui está.
- Obrigada e me desculpe. – disse eu cabisbaixo.
- Desculpá-la pelo que?
- Eu mal o conheci e estou causando incomodo. Nós só tivemos um encontro.
- Eu pretendo ter outros. Logicamente se você quiser. – levantei a cabeça e o olhei surpresa.
- Quer sair comigo de novo? Mas e se o Rodolfo vier atrás de você.
- Ai ele terá uma grande problema!
- Como assim? – perguntei desconfiada.
- Não se preocupe, eu sei me cuidar. Agora vá tomar um banho. Você precisa descansar.
- E você?
- Eu vou esperar você sair do banho para tomarmos uma xícara de chá.
Saindo do banheiro vi que ele estava na cozinha preparando o chá. Fiquei observando-o.
- Ei, não sabe que ficar bisbilhotando é feio? – disse ele sem se virar.
- Como sabia que eu estava aqui?- perguntei surpresa, pois não havia feito barulho ao sair do banheiro.
- Senti o cheiro do sabonete.
- Você tem um bom olfato! – Ele se virou e sorriu:
- Isso e muitas outras coisa!
Tomamos o chá assistindo TV. Ninguém disse uma palavra. Eu não queria mais conversar. Quando acabamos o chá, o silêncio foi quebrado.
- É melhor irmos dormir. – apenas assenti com a cabeça. Ele levou as xícaras para cozinhar e me beijando no rosto me desejou boa noite.
Cada um se dirigiu para seu quarto. Eu pensei que quando deitasse iria dormir na hora, mas isso não aconteceu. Rolei durante minutos tentando encontrar uma posição em que meu corpo não doesse. Quando consegui e fechei meus olhos o rosto do Rodolfo apareceu. Apavorei-me e gritei. Segundos depois Afonso estava abrindo a porta do quarto.
- O que foi?
Chorando eu respondi:
- Até quando fecho meus olhos vejo o rosto dele. Assim não consigo dormir. Sinto-me tão insegura.
Ele fechou a porta do quarto, veio em direção a cama.
- Deite – ele pediu e eu obedeci. Deitando-se ao meu lado ele puxou o coberto e me abraçou.
- Enquanto eu estiver aqui, ou ao menos estiver pensando em você, nada lhe acontecerá. – disse no meu ouvido.
Adormeci envolvida pelo estranho homem que havia de hora para outra, de forma misteriosa, conquistado meu coração em apenas um dia.
v   
Ao abraçá-la, Afonso sentiu o perfume que emanava de seu corpo. Tão doce o cheiro de sangue e tão suave o pulsar de seu coração. O pescoço dela estava tão perto de sua boca. O sim, ele poderia mordê-la naquele exato momento e acabar com todo o sofrimento, dor e tristeza que havia em seu coração, mas ele não o fez. Pelo contrário ele guardou o doloroso sono da humana que agora parecia trazê-lo de volta a vida até o nascer do sol.

7 de outubro de 2010

Relax, take it easy

 

Sexta-feira à tarde

- Chega de se lamentar amiga. Você tá solteira  e tem de aproveitar, por isso eu que sou uma boa amiga comprei um presente de aniversário, antecipadamente, pra você. Sei que vai  me agradecer depois! Toma…

Olhei pra ela, desconfiada…

- Pega logo!

- O que é? – perguntei com medo da resposta, porque do jeito que a Bianca é louca pode ser qualquer coisa.

- Só vai saber quando abrir! – ela disse isso com um sorriso que toda vez que vejo já sei que vou me arrepender.

- Uma passagem!? Pra um cruzeiro!?

- Tá perguntando por que, se você tá vendo? Lembra, eu te disse que você precisa relaxar e um cruzeiro é legal, não? Não seja mal agradecida! Diga ao menos obrigada.

- Obrigada, mas não sei se vou.

- Sara, por que não? O que tem a perder? Você tá de férias e solteira, fora que sua depressão tá me matando. Eu te pego amanhã cedo pra te levar pro porto de Santos. Sem discussão.

Ela me deu um beijo no rosto e sai fechando a portas atrás de si. Fiquei olhando pra passagem em minhas mãos:

- O que de ruim pode acontecer?

Sábado às 5 da manhã

Toc, toc

- Já tá pronta? – até parece que é ela que vai de tanta empolgação.

- To. Esqueci de te perguntar, o cruzeiro vai durar quanto tempo?

- Uma semana, e nem adianta protestar a essa altura. Você já tá pronta e de malas feita. Ah você tem algum dinheiro pra levar?

- Um pouco – disse eu meio constrangida, é assim que se fica quando uma amiga rica te pergunta se tem dinheiro.

- Então to um dos meus cartões de crédito. Cê sabe a senha.

- Porque tudo isso, Bi?

- Porque você tem de relaxar e viver. A vida é uma só aproveita menina!

Dizendo isso ela pegou minha mala, m eempurrou pra fora do apartamento e trancou a porta. Três horas depois chegamos no porto:

- Curta o cruzeiro, divirta-se e vê se arranja companhia tendo em mente sempre: Relax, take it easy.

- Só você mesmo. Bi, você vem me buscar quanto eu chegar?

- Mas é claro!

A primeira coisa que fiz ao embarcar foi ir pra minha cabine:

- Uau, que lindo! Até que pode ser legal.

Depois de arrumar minhas coisas coloquei um biquini vermelho, adoro essa cor porque acentua minhas curvas, já que não sou de uma beleza estonteante, e fui pra piscina.

Sábado à noite

Depois de uma manhã na piscina e uma tarde de massagem a noite resolvi ver um show que estava na programação de eventos do cruzeiro. Eu vesti um vestido leve azul cobalto e sandálias e salto alto, eu não costumo me vestir assim mas foi um presente da Bianca e eu resolvi seguir o conselho dela e arranjar uma companhia. No bar, pedi um coquetel de frutas e me dirigi a uma das mesas. O show começou uns minutos depois e a primeira música com certeza agradaria a Bianca, a primeira música foi nada menos do que o lema dela e sua frase antes deu embarcar: Relax, take it easy. Mas alguém que não era da banda chamou minha atenção, ele vestia uma calça e uma camisa sendo ambas brancas e olha fixamente para mim, ao perceber que eu notei seu olhar ele sorriu ( e era um sorriso LINDO!!!), eu sorri de volta e ficamos trocando olhares por um longo tempo. Eu estava tão encantado com sua beleza, ele era alto com cabelos e olhos cor de mel, que nem reparei que minha bebida havia acabado, mas ele notou, pois se levantou foi até o bar e pediu outra bebida e a levou até minha mesa:

- Acredito que queira outra!

- Sim, obrigada – respondi sorrindo.

- Posso me sentar? – e dá pra dizer não com esse sorriso?

- Sim.

- Como seria o nome dessa linda mulher a minha frente? – fiquei vermelha.

- Sara, muito prazer.

- O prazer é todo meu. Sou Cristian.

Ele ficou me olhando durantes segundos que pareceram horas, senti como se ele estivesse observando dentro de mim. Me arrepiei.

Continua…

30 de setembro de 2010

Enquanto isso...

Enquanto não posto a continuação do conto "A Praça" e nem o conto " Relax, take it easy" achei algo muito interessante. Um dos recenseadores que trabalha comigo me passou um dorama (dramas seriado japones ou coreano) chama Akai ito, como eu gostei do dorama foi a procura de mais e adivinhem, achei doramas em que há personagens que são vampiros! Então enquanto esperam pelos contos vamos prestigiar essas obras. Não assisti nenhum ainda, mas quem assisti por favor comente. Seglue o link abaixo da imagem de divulgação dos doramas ( links do blog Dramas Fans, respeitem os direitos de divulgação):

Freeze ou Peurijeu
http://dramafansfansub.blogspot.com/2010/03/freeze_25.html

Vampire Host

http://dramafansfansub.blogspot.com/2010/03/vampire-host_25.html

Assistam, divirtam-se e comentem...

21 de setembro de 2010

20 de setembro de 2010

Trilha sonora

Quando estou escrevendo o conto "A Praça" eu ouço Mandragora Scream. Posso até dizer que uma das músicas com certeza é a música tema da Rebeca com o Afonso, é a faixa 11 do álbum Madhouse. Para quem quiser fazer o download segue o link: http://www.4shared.com/get/4LMfTHOz/Mandragora_Scream_-_Madhouse_-.html

15 de setembro de 2010

Epigrama (de La Fontaine)

 

Amar, foder: uma união

De prazeres que não separo

a volúpia e os desejos são

O que a alma possui de mais raro.

Caralho, cona e corações

Juntam-se em doces efusões

Que os crentes censuram, os loucos

Reflete nisto, oh minha amada:

Amar sem foder é bem pouco,

Foder sem amar não é nada.

(Obs: estava lendo uma revista e encontrei esssa poesia, acho que vale o post.)

14 de setembro de 2010

Adorável Noite

(poema postado no site contos noturnos no ano de 2005)

Adorável noite que me persegue, me chama, me fascina.

O brilho do teu luar me encanta, faz-me livre.

Habito a adorável noite, saceio minha sede em plena luz do luar.

Sinto o sangue em minha garganta, cessando minha fome;

Sinto o vento em meus cabelos, fazendo-me apreciar ainda mais minha liberdade;

Liberdade da mortalidade, que vem acompanhada da solidão;

Solidão superada apenas pela tua presença, Adorável Noite.

8 de setembro de 2010

A PRAÇA

Capítulo III

No táxi, eu sentia os olhares do motorista que me observava pelo retrovisor. Um sorriso brotou em meu rosto, afinal minha produção parecia ter surtido efeito. Aquele friozinho na barriga estava me incomodando...
-         Afinal, por que estou ansiosa assim? Por que é que eu resolvi vir? – nesse momento todos os argumentos que me tinham vindo a cabeça anterior para comparecer a esse encontro com um cara que eu nem conheço haviam sumido.
-         O que disse senhorita? – perguntou o motorista olhando-me pelo retrovisor.
-         Oh! Nada acho que pensei em voz alta.
Minutos depois ele parou o carro na entrada da pracinha.
-         É aqui mesmo que vai descer, senhorita?
-         Sim, obrigada. Pode ficar com o troco – lhe entreguei uma nota de cinqüenta. O cara me convida pra sair e eu que gasto!
v      

Afonso da janela de seu apartamento viu quando Rebeca desceu do táxi e optou por observá-la por alguns instantes dali onde estava. Ela estava muito mais bonita que no outro dia, mas ainda conseguia sentir a tristeza que vinha da moça, algo profundo e perturbador.
-         Não vou fazê-la esperar – disse Afonso virando-se e caminhando em direção a porta.

v        
      -Olá, Rebeca.
Dei um pulo do banco em que estava sentada.
-         Nossa, você gosta de aparecer do nada.
-         Desculpe, a intenção não era lhe assustar – quando ele disse isso em estava mergulhada em sua beleza.
-         Ah!? Tá desculpada, mas só porque você tá lindo nessa roupa.
-         Já não te falei sobre aparência e caráter.
-         Sim, mas você sabe tão bem quanto eu que aparência também conta.
-         Lógico que sim, a propósito você está deslumbrante – uau, ele estava me olhando com um sorriso malicioso tão lindo.
-         Obrigada. Nós vamos ficar aqui na nessa pracinha mesmo ou você pretende me levar a algum outro lugar – perguntei lhe retribuindo o sorriso.
-         Você consegue andar alguns quarteirões com essa sandália?
-         Confesso que não estou acostumada, mas acho que sim.
Ele me ofereceu seu braço como apoio e lógico que pensei em recusar, mas não deu algo nele não permitia que eu lhe dissesse não. Caminhamos algumas quadras conversando sobre a noite, a lua, as estrelas. Contamos até algumas piadas.
-         É aqui – Afonso apontava para um pequeno restaurante um pouco rústico a primeira vista.
-         Nossa. Que lugar bonitinho. Nunca havia visto esse restaurante – acho que não minto muito bem, pois ele estava rindo.
-         É pouco freqüentado, mas você vai gostar da comida.
Atravessamos a rua e entramos no restaurante. Um garçom nos conduziu até uma mesa próxima a janela, Afonso puxou a cadeira para que eu senta-se. “Se ele continuar assim tão cavalheiro, eu vou acabar me apaixonando. Será que seria ruim?”
-         Algo errado? – perguntou ele sentando-se a minha frente.
-         Não. Por que a pergunta?
-         Você estava fazendo careta – senti o sangue enrubescer meu rosto.
-         Só estava pensando – ele sorriu, chamou o garçom e pediu um vinho.
-         Você bebe vinho, não é?
-         Sim.
Ficamos em silêncio um observando o outro. Ele sorria enquanto me olhava. “O que será que o faz sorrir assim?”. O garçom chegou com a garrafa de vinho e nos serviu. Quando peguei a taça e levei a boca para sorver o primeiro gole foi quando o silêncio foi rompido.
-         Vai me contar por que estava chorando ontem?
-         Não.
-         Então falemos sobre outra coisa. Com o que você trabalha? – que bom que ele não insistiu.
Conversamos durante todo o jantar. Nem sei quanto tempo se passou. Estava tudo tão agradável. Mas o vinho entrou e tinha que sair, então pedi licença e fui ao banheiro. Quando voltei, ele havia pedido a sobremesa para mim e para ele um café.
-         Como sabia o que eu ia pedir? – perguntei surpresa por ele ter acertado a sobremesa que eu havia escolhido assim que bati o olho no cardápio. Eu não havia dito a ele.
-         Acho que sou sortudo – respondeu ele sorrindo.
Nesse momento algo do lado de fora do restaurante me chamou a atenção. Lá fora um homem nos observava, escondido a sombra de um poste.
-         Você reparou que aquele homem está nos observando? – rapidamente Afonso olhou pela janela para o lado de fora.
-         Deve ser impressão sua – nesse exato momento o homem começou a andar sem olhar para trás.
-         Viu? Ele já foi – ainda confusa, concordei balançando a cabeça.
Conversamos mais um pouco enquanto eu saboreava a sobremesa, mas ele nem tocou no café. Quando acabei, ele pagou a conta e sugeriu que fossemos andar um pouco mais. Saímos do restaurante e caminhamos em direção a praça em silêncio. Na metade do caminho, Afonso parou e pegando meu rosto em suas mãos fez com que eu o olhasse nos olhos:
-         O que houve, Rebeca? Algo não lhe agradou ou é por causa do homem que você viu?
-         Ele se parece muito com alguém que conheço – respondi com uma voz triste.
-         E isso é ruim?
-         Digamos que eu não quero ver essa pessoa nunca mais.
-         Era por causa dele que chorava ontem? – perguntou ele parecendo preocupado.
-         Por favor, não quero falar nisso... – não agüentei e comecei a chorar. Ele me abraçou. Seu corpo era frio, o abraço aconchegante. Ficamos assim até que minhas lágrimas parassem de escorrer pelo meu rosto.
-         É melhor eu ir pra casa – disse eu já mais calma.
-         Quer que eu a acompanhe? – ele parecia tão preocupado.
-         Não precisa. É que está tarde e amanhã eu trabalho.
-         Vai embora como?
-         Tem um ponto de táxi na próxima esquina.
-         Então vou te acompanhar até lá.
Ele passou seu braço pela minha cintura aproximando mais nossos corpos. Não recusei, ele me fazia sentir segura. No ponto de táxi ele abriu a porta do carro e deu dinheiro ao taxista.
-         Acho que um dia não é suficiente para prova-lhe que nem todos os homens são iguais. Então, que tal nos encontrarmos de novo?
-         Eu não sei se...
-         Se você quiser me ver, eu moro no prédio ao lado da praça, no segundo andar apartamento cinco. Mas você só vai me encontrar lá a noite. Boa noite e descanse – ele me beijou no rosto e esperou que eu me sentasse para fechar a porta do carro. Fiquei olhando do vidro traseiro até que o carro virasse na próxima rua.
v       

Afonso foi para seu apartamento. Embora não tivesse se alimentado não sentia fome, só conseguia sentir a tristeza que viu nos olhos de Rebeca. Ficou mais uma vez ali no sofá, deitado com olhos fechados vendo o rosto de Rebeca, mas agora com lembranças que levaria consigo pelo resto da eternidade. Aquele pedaço da noite que passara com ela fora maravilhoso.
-         Ela faz com que eu me sinta humano de novo. O que essa mulher tem de especial?

v       

Desci do táxi e agradeci o motorista. Subi para o meu apartamento. Quando cheguei havia algo estranho. As luzes estavam acessas, mas a porta fechada. Com medo tirei um spray de pimenta da bolsa e abri a porta. Antes tivesse dado de cara com um ladrão. Teria sido melhor. Mas ao invés disso quem arrancou o spray da minha mão, me atirou ao chão e trancou a porta foi o Rodolfo. Ele transpirava e parecia enfurecido.
-         Como foi seu encontro? Você se divertiu? – seu olhar era assustador.