30 de setembro de 2010

Enquanto isso...

Enquanto não posto a continuação do conto "A Praça" e nem o conto " Relax, take it easy" achei algo muito interessante. Um dos recenseadores que trabalha comigo me passou um dorama (dramas seriado japones ou coreano) chama Akai ito, como eu gostei do dorama foi a procura de mais e adivinhem, achei doramas em que há personagens que são vampiros! Então enquanto esperam pelos contos vamos prestigiar essas obras. Não assisti nenhum ainda, mas quem assisti por favor comente. Seglue o link abaixo da imagem de divulgação dos doramas ( links do blog Dramas Fans, respeitem os direitos de divulgação):

Freeze ou Peurijeu
http://dramafansfansub.blogspot.com/2010/03/freeze_25.html

Vampire Host

http://dramafansfansub.blogspot.com/2010/03/vampire-host_25.html

Assistam, divirtam-se e comentem...

21 de setembro de 2010

20 de setembro de 2010

Trilha sonora

Quando estou escrevendo o conto "A Praça" eu ouço Mandragora Scream. Posso até dizer que uma das músicas com certeza é a música tema da Rebeca com o Afonso, é a faixa 11 do álbum Madhouse. Para quem quiser fazer o download segue o link: http://www.4shared.com/get/4LMfTHOz/Mandragora_Scream_-_Madhouse_-.html

15 de setembro de 2010

Epigrama (de La Fontaine)

 

Amar, foder: uma união

De prazeres que não separo

a volúpia e os desejos são

O que a alma possui de mais raro.

Caralho, cona e corações

Juntam-se em doces efusões

Que os crentes censuram, os loucos

Reflete nisto, oh minha amada:

Amar sem foder é bem pouco,

Foder sem amar não é nada.

(Obs: estava lendo uma revista e encontrei esssa poesia, acho que vale o post.)

14 de setembro de 2010

Adorável Noite

(poema postado no site contos noturnos no ano de 2005)

Adorável noite que me persegue, me chama, me fascina.

O brilho do teu luar me encanta, faz-me livre.

Habito a adorável noite, saceio minha sede em plena luz do luar.

Sinto o sangue em minha garganta, cessando minha fome;

Sinto o vento em meus cabelos, fazendo-me apreciar ainda mais minha liberdade;

Liberdade da mortalidade, que vem acompanhada da solidão;

Solidão superada apenas pela tua presença, Adorável Noite.

8 de setembro de 2010

A PRAÇA

Capítulo III

No táxi, eu sentia os olhares do motorista que me observava pelo retrovisor. Um sorriso brotou em meu rosto, afinal minha produção parecia ter surtido efeito. Aquele friozinho na barriga estava me incomodando...
-         Afinal, por que estou ansiosa assim? Por que é que eu resolvi vir? – nesse momento todos os argumentos que me tinham vindo a cabeça anterior para comparecer a esse encontro com um cara que eu nem conheço haviam sumido.
-         O que disse senhorita? – perguntou o motorista olhando-me pelo retrovisor.
-         Oh! Nada acho que pensei em voz alta.
Minutos depois ele parou o carro na entrada da pracinha.
-         É aqui mesmo que vai descer, senhorita?
-         Sim, obrigada. Pode ficar com o troco – lhe entreguei uma nota de cinqüenta. O cara me convida pra sair e eu que gasto!
v      

Afonso da janela de seu apartamento viu quando Rebeca desceu do táxi e optou por observá-la por alguns instantes dali onde estava. Ela estava muito mais bonita que no outro dia, mas ainda conseguia sentir a tristeza que vinha da moça, algo profundo e perturbador.
-         Não vou fazê-la esperar – disse Afonso virando-se e caminhando em direção a porta.

v        
      -Olá, Rebeca.
Dei um pulo do banco em que estava sentada.
-         Nossa, você gosta de aparecer do nada.
-         Desculpe, a intenção não era lhe assustar – quando ele disse isso em estava mergulhada em sua beleza.
-         Ah!? Tá desculpada, mas só porque você tá lindo nessa roupa.
-         Já não te falei sobre aparência e caráter.
-         Sim, mas você sabe tão bem quanto eu que aparência também conta.
-         Lógico que sim, a propósito você está deslumbrante – uau, ele estava me olhando com um sorriso malicioso tão lindo.
-         Obrigada. Nós vamos ficar aqui na nessa pracinha mesmo ou você pretende me levar a algum outro lugar – perguntei lhe retribuindo o sorriso.
-         Você consegue andar alguns quarteirões com essa sandália?
-         Confesso que não estou acostumada, mas acho que sim.
Ele me ofereceu seu braço como apoio e lógico que pensei em recusar, mas não deu algo nele não permitia que eu lhe dissesse não. Caminhamos algumas quadras conversando sobre a noite, a lua, as estrelas. Contamos até algumas piadas.
-         É aqui – Afonso apontava para um pequeno restaurante um pouco rústico a primeira vista.
-         Nossa. Que lugar bonitinho. Nunca havia visto esse restaurante – acho que não minto muito bem, pois ele estava rindo.
-         É pouco freqüentado, mas você vai gostar da comida.
Atravessamos a rua e entramos no restaurante. Um garçom nos conduziu até uma mesa próxima a janela, Afonso puxou a cadeira para que eu senta-se. “Se ele continuar assim tão cavalheiro, eu vou acabar me apaixonando. Será que seria ruim?”
-         Algo errado? – perguntou ele sentando-se a minha frente.
-         Não. Por que a pergunta?
-         Você estava fazendo careta – senti o sangue enrubescer meu rosto.
-         Só estava pensando – ele sorriu, chamou o garçom e pediu um vinho.
-         Você bebe vinho, não é?
-         Sim.
Ficamos em silêncio um observando o outro. Ele sorria enquanto me olhava. “O que será que o faz sorrir assim?”. O garçom chegou com a garrafa de vinho e nos serviu. Quando peguei a taça e levei a boca para sorver o primeiro gole foi quando o silêncio foi rompido.
-         Vai me contar por que estava chorando ontem?
-         Não.
-         Então falemos sobre outra coisa. Com o que você trabalha? – que bom que ele não insistiu.
Conversamos durante todo o jantar. Nem sei quanto tempo se passou. Estava tudo tão agradável. Mas o vinho entrou e tinha que sair, então pedi licença e fui ao banheiro. Quando voltei, ele havia pedido a sobremesa para mim e para ele um café.
-         Como sabia o que eu ia pedir? – perguntei surpresa por ele ter acertado a sobremesa que eu havia escolhido assim que bati o olho no cardápio. Eu não havia dito a ele.
-         Acho que sou sortudo – respondeu ele sorrindo.
Nesse momento algo do lado de fora do restaurante me chamou a atenção. Lá fora um homem nos observava, escondido a sombra de um poste.
-         Você reparou que aquele homem está nos observando? – rapidamente Afonso olhou pela janela para o lado de fora.
-         Deve ser impressão sua – nesse exato momento o homem começou a andar sem olhar para trás.
-         Viu? Ele já foi – ainda confusa, concordei balançando a cabeça.
Conversamos mais um pouco enquanto eu saboreava a sobremesa, mas ele nem tocou no café. Quando acabei, ele pagou a conta e sugeriu que fossemos andar um pouco mais. Saímos do restaurante e caminhamos em direção a praça em silêncio. Na metade do caminho, Afonso parou e pegando meu rosto em suas mãos fez com que eu o olhasse nos olhos:
-         O que houve, Rebeca? Algo não lhe agradou ou é por causa do homem que você viu?
-         Ele se parece muito com alguém que conheço – respondi com uma voz triste.
-         E isso é ruim?
-         Digamos que eu não quero ver essa pessoa nunca mais.
-         Era por causa dele que chorava ontem? – perguntou ele parecendo preocupado.
-         Por favor, não quero falar nisso... – não agüentei e comecei a chorar. Ele me abraçou. Seu corpo era frio, o abraço aconchegante. Ficamos assim até que minhas lágrimas parassem de escorrer pelo meu rosto.
-         É melhor eu ir pra casa – disse eu já mais calma.
-         Quer que eu a acompanhe? – ele parecia tão preocupado.
-         Não precisa. É que está tarde e amanhã eu trabalho.
-         Vai embora como?
-         Tem um ponto de táxi na próxima esquina.
-         Então vou te acompanhar até lá.
Ele passou seu braço pela minha cintura aproximando mais nossos corpos. Não recusei, ele me fazia sentir segura. No ponto de táxi ele abriu a porta do carro e deu dinheiro ao taxista.
-         Acho que um dia não é suficiente para prova-lhe que nem todos os homens são iguais. Então, que tal nos encontrarmos de novo?
-         Eu não sei se...
-         Se você quiser me ver, eu moro no prédio ao lado da praça, no segundo andar apartamento cinco. Mas você só vai me encontrar lá a noite. Boa noite e descanse – ele me beijou no rosto e esperou que eu me sentasse para fechar a porta do carro. Fiquei olhando do vidro traseiro até que o carro virasse na próxima rua.
v       

Afonso foi para seu apartamento. Embora não tivesse se alimentado não sentia fome, só conseguia sentir a tristeza que viu nos olhos de Rebeca. Ficou mais uma vez ali no sofá, deitado com olhos fechados vendo o rosto de Rebeca, mas agora com lembranças que levaria consigo pelo resto da eternidade. Aquele pedaço da noite que passara com ela fora maravilhoso.
-         Ela faz com que eu me sinta humano de novo. O que essa mulher tem de especial?

v       

Desci do táxi e agradeci o motorista. Subi para o meu apartamento. Quando cheguei havia algo estranho. As luzes estavam acessas, mas a porta fechada. Com medo tirei um spray de pimenta da bolsa e abri a porta. Antes tivesse dado de cara com um ladrão. Teria sido melhor. Mas ao invés disso quem arrancou o spray da minha mão, me atirou ao chão e trancou a porta foi o Rodolfo. Ele transpirava e parecia enfurecido.
-         Como foi seu encontro? Você se divertiu? – seu olhar era assustador.

A PRAÇA

Capítulo II

Cheguei no meu apartamento exausta, não pela caminhada, mas pelos acontecimentos, ou melhor, pela descoberta da traição. Não dei tanta importância para aquele cara, o mais provável é que ele seja do tipo de cara que gosta de garotas que parecem indefesas e inseguras e eu me sinto assim nesse momento.
-         Preciso de um banho.
Tirei a roupa e me olhei no espelho:
-         Caramba... não sou feia – observando as curvas do meu corpo bem desenhado, modéstia a parte, meus cabelos de um preto brilhante e meus olhos de um castanho feito mel.
Depois do banho decidi comer alguma coisa, pois saco vazio não para em pé. Preparei um sanduiche e um suco. Após encher meu estomago resolvi fazer algo que não era tão agradável. Peguei uma caixa de papelão e nela coloquei todos os presentes, fotos, todas as lembranças daquele crápula e joguei-as na caçamba que ficava na esquina da rua onde moro. Quando voltei pro apartamento a luzinha da secretária eletrônica piscava avisando que haviam mensagens. Apertei, um pouco resoluta, o botão para ouvi-las:
-Rebeca, é a Priscila. Como você tá? Eu vi a bronca que você levou lá na loja. Me liga pra gente conversar. Beijos.
A segunda mensagem me irritou:
-         Re!? Atende eu sei que você está ai! Eu não sei o que me deu. A carne é fraca. Foi um erro. Quero te ver. É você que eu amo não ela. Tchau.
-         Essa é boa. “a carne é fraca”. Ai que ódio. Imbecil – dizendo isso cai sobre o sofá em prantos e assim adormeci.
Acordei com a luz do sol que atravessava a janela pegando direto no meu rosto. Levantei, tomei um banho e um belo café da manhã, porque não adianta, mulher brava sempre tem fome. Hora de ir pro trabalho. Foi um namoro que acabou não minha vida e ainda era quinta-feira.
v      
O rosto de Rebeca ficou na mente de Afonso. Ele ainda conseguia sentir o doce perfume que vinha dos cabelos da moça e mais que isso, sentia sua tristeza e sua solidão. Sentimentos esses que jamais pensou que um humano poderia ter. Usá-la seria certo? Sim, parece que ainda tenho consciência.
-         Conhecê-la é só o que vou fazer.
Afonso viu os primeiros raios de sol, então foi para seu quarto. Já estava na hora de dormir, se conseguisse, pois os sentimentos que vinham dela eram muito fortes nele. Odiava essa poder. Não eram todos que tinham, isso o tornava especial, mas era algo que o tornava mais humano o que nem sempre ajudava na hora de se alimentar. Deitou-se e fechou os olhos adormecendo vendo o rosto de Rebeca.

v      

-         Oi, Re. Nossa! Que carinha é essa menina? Não diga que é por causa da bronca que você levou do chefe ontem?
Quando eu ia responder as perguntas da minha amiga, a gerente chegou com aquele bom humor de sempre:
-         Ei, ao trabalho, certo pessoal?
-         Sim, Gisele – disse a Priscila prevendo que eu pretendia voar no pescoço daquele ser.
-         Depois a gente conversa amiga – Priscila piscou e foi atender a primeira cliente do dia.

v      

-         Ai, finalmente hora do almoço. Ainda bem que nós conseguimos sair pra almoçar ao mesmo tempo. Amiga, o que você tem? Você é sempre tão sorridente e vende mais que todo mundo e hoje não tá sendo assim – ela me olhava com aquela expressão de interrogação no rosto – o que eu podia fazer?-contei tudo que aconteceu na noite passada, mas não da praça com a fonte e nem do tal Afonso.
-         Não brinca? Por que você não me ligou?
-         Queria ficar um pouco sozinha. Pra pensar, sabe?
-         O que você fez com as coisas dele que estavam no seu apartamento?
-         Ué, joguei na caçamba perto do meu apartamento. Chega de falar de mim. Como vão os preparativos do seu casamento? – foi nessa hora que a Pri fez uma cara de assustada, me virei para ver o que a assustou, eu não devia ter me virado.
-         Olá, Rebeca.
-         É muita cara de pau sua aparecer aqui.
-         Rebeca, eu só quero conversar. Você não retornou minha ligação... – nisso a Pri já tinha se levantado e ido ao banheiro bem de fininho, a ela ia me pagar, mas primeiro eu ia matar o Rodolfo.
-         Por que será?!
-         Rebe...
-         Calado, eu não quero ouvir. Acabou. Você não vale a pena. Não quero te ver nunca mais.
-         Mas foi ela que me seduziu...
-         Ah claro, a carne é fraca!
-         É isso!!
-         Vai se ferrar, eu não tenho mais nada pra falar com você – Me levantei e fui buscar a Priscila no banheiro.
-         Que bela amiga você em? Me deixou lá com ele.
-         Vocês tinham que conversar.
-         Eu te disse que não tinha mais nada pra falar com ele. Você não ouviu tudo que te contei... – não agüentei, comecei a chorar.
-         Desculpa, amiga. Não chora vai. Ele não merece nem suas lágrimas. Vamos, é melhor a gente ir.

v    

Logo após o por do sol, Afonso acordou. Precisava se arrumar para seu encontro.
-         Doce Rebeca. Não vejo a hora de te reencontrar.
Arrumou seus cabelos cor de caramelo, vestiu uma camisa branca, uma calça preta e um casaco de couro. Ansioso, parou em frente à janela e ficou observando a praça.
-         Não me faça esperar tanto. Estou tão ansioso para revê-la.

v      

Sai do trabalho no horário habitual, às 18 horas. Peguei o metrô sozinha. Geralmente a Priscila está comigo já que moramos bem perto uma da outra, mas ela tinha que ir ver algumas coisas para seu casamento. Chegando ao meu apartamento me esparramei no sofá e liguei a TV. Fui mudando de canal pra ver se achava algo interessante e foi quando em um deles eu vi uma praça.
-         Droga, esqueci do encontro.
Na verdade eu não tinha decidido até aquele momento se eu iria ou não, mas a lembrança da discussão com o Rodolfo durante o almoço me fez decidir. Tomei um banho, coloquei o vestido mais justo que eu tinha – enquanto tomava banho decidir extravagar e caprichar no meu look – me maquiei, passei um belo batom vermelho e calcei sandálias se salto alto. Olhei satisfeita para o espelho.
-         Quem perdeu foi você, Rodolfo.

v        

Do lado de fora do prédio onde Rebeca mora, Rodolfo esperava no carro. Quando ela apareceu na porta do prédio sua surpresa foi grande:
-         Nossa, onde ela pensa que vai toda arrumada desse jeito?
Observou-a entrar no táxi, ligou o motor do carro e começou a segui - lá.

1 de setembro de 2010

Show (escrito em 2005)

Quase que eu não consegui comprar os ingressos para o show, mas toda a luta valeu a pena.
No caminho para o show, a noite prometia ser bem melhor do que o esperado e eu nem tinha idéia do quanto.
A banda arrasou no palco. O show acabou as 3 da manhã e como eu adorava andar à noite resolvi ir para casa à pé. tive a sensação de estar sendo seguida e quando olhei para trás, vi um rapaz todo de preto e muito alto. Ele olhou bem dentro dos meus olhos me fazendo sentir uma ligação entre nós e ela ficou bem mais forte depois que suguei seu sangue e o senti em minhas veias

Amantes (escrito em 2005)

As luzes se apagaram. Acendi a vela, seu rosto é tão lindo e a expressão que fez ao ser beijado...
- Não gostou do beijo?
Sua resposta foi acariciar meus cabelos, minha face. Pegando minha mão me guiando até a cama, onde nós corpos se tornaram um. Eu o observava, seus olhos transmitiam solidão; não, eu não podia deixa-lo:
- Por que tem que ser assim?
- Você sabe a resposta, querida.
- Vem comigo, quero tê-lo enquanto viver!
- Seria por tão pouco tempo...
- Mas seria inesquecível!
De repente a fome chegou, não foi possível evitar, a maldição tem que ser passada adiante...
- Ah! Por que? Por que me mordeu, Kassandra?
- Porque assim viveremos juntos para sempre!