30 de agosto de 2010

A PRAÇA



Capítulo I

Depois de um longo dia de trabalho e broncas até não poder mais (é isso que acontece quando se é vendedora e não a gerente!) conclui que o melhor a fazer era ir em busca de um carinho . Pensei em ligar porque ele havia me dito que teria muito trabalho a fazer e talvez não desse para me ver hoje, mas eu necessitava de carinho, assim esquecia idéia e peguei o ônibus lotado, com aquele cheirinho de cc e fui para o apartamento do Rodolfo. Sou sempre a favor de exercícios físicos, mas como estava louca para ser consolada preferi o elevador.
Chegando a porta do apartamento ouvi risadas.
- Ué!?Ele não disse que ia trabalhar?
Abri a porta bem devagar e caminhei, passos leves e silenciosos, em direção ao quarto dele e foi quando meu dia piorou mais ainda. Ele estava lá, nu, com outra, e não era qualquer outra, era a ex!
- Mas... Rodolfo... Tô vendo qual era seu trabalho! Aproveite bem seu babaca...-me virei indo em direção à porta.
- Rebeca, espera... Eu posso... - disse ele, levando da cama e indo atrás de mim.
- Rodolfo, onde você vai?
- Cala a boca Virgínia!
Virei-me para olhar na cara dele e disse:
- Pode o quê? Explicar? Não precisa. Eu já sei o que vai dizer e eu não quero ouvir! Eu já vi esse filme antes.
Sai batendo a porta. No corredor eu senti as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. Dessa vez escolhi as escadas. Não queria que ninguém me visse chorar.
-Como é que eu pude ser tão idiota! Ele sempre fez o estilo macho alfa, o garanhão! E a tonta aqui achava que era dona do coração dele. Como eu pude ser tão ingênua? Eu já vi esse filme antes. Acho que eu devia fazer um voto de castidade.
Do lado de fora do prédio, eu não fazia idéia de para onde ir. Minha casa não parecia o melhor lugar, não naquele momento, haveria vestígios dele por toda parte. Enquanto decidia para onde ir fui caminhando, acho que caminhei por cerca de meia hora, sem direção alguma e foi quando eu vi:
-Uau! Que lindo esse lugar- Acho que disse isso em voz alta, não me lembro bem.
Era uma praça, mas tinha algo de diferente, algo mágico. Ficava entre um prédio e uma casa bem conservada. Era cercada por árvores, bem a frente das árvores havia bancos formando um semicírculo e no centro algo lindo. Bem no centro da pracinha havia uma fonte e a água que escorria vinha dos olhos da mulher delicada e tão triste que ficava no meio da fonte. Sentia que suas lágrimas eram como as minhas.
Entrei na praça indo diretamente na direção da fonte e fiquei lá parada durante minutos admirando aquela obra de arte.
-          Por que os homens são todos iguais?-comecei a conversar com a mulher na fonte, só que para minha surpresa alguém me respondeu.
-          Não é que todos sejam iguais é só que você não sabe escolher!
Olhei para o lado e me deparei com um homem alto, moreno de um charme inexplicável. Seus olhos eram de um verde água onde eu poderia facilmente me afogar.
-          Ei , essa conversa é particular. Tô falando com a fonte!
-          Desculpe, como poderia ouvir tal barbaridade e não me rebelar, afinal sou um homem. Bom, parte de mim.
-          Aahn?!
-          Nada. Enfim, como eu ia dizendo, você escolhe mal seus companheiros. Julga-os pela aparência e esquece do caráter.
-          Olha, se eu precisasse de conselhos teria ido a uma terapeuta.
-          Não precisa ficar brava. Só queria de mostrar que os homens não são todos iguais.
-          Acho meio difícil você conseguir me provar isso!
-          Então me deixa te levar pra jantar que eu provo.
-          Eu nem te conheço- acho que nessa hora minha voz não soou tão convincente. Pois ele deu um risinho malicioso e disse:
-          Mas esse é o motivo. Você não pode morrer sem me conhecer- caramba que sorriso lindo que ele tinha e ainda era convencido, mas isso era um charme. Assim fui obrigada a dizer:
-          Tudo bem, acho que pior do que estou não fico.
-          Então nos encontramos aqui amanhã, às oito da noite?
-          Só depois que você me disser seu nome!
-          Afonso, bela donzela. Chamo-me Afonso.
De repente uma borboleta passou por nós e voou para a fonte, eu acompanhei- a com os olhos, distraída e quando me virei para onde o rapaz misterioso está e abri minha boca:
-          Eu me chamo... Ué?! Pra onde ele foi?
v   
Da janela do segundo andar do prédio ao lado da praça, Afonso olhava Rebeca, mas não da forma como sempre olhava para as mulheres, desejando sempre se alimentar delas.
-          Essa é diferente! Acho que vou brincar um pouco com ela.
Continuou a observá-la até que ela se levantou e sumiu ao virar a esquina.

2 comentários:

  1. aa váaa miNhaa PRima ée fodaaaaaaa xD Adooruu
    Maraa caa Doreii (tem Um pekeno erro ali mais depois agente conversa ) xD

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  2. Valeu Mitsuruki, e ai ta curiosa pra saber o resto da historia? ( e qual é o erro?)

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